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19 de Abril de 2024

Decisão inédita coloca jovem que estudou em casa na faculdade

Publicado por Perfil Removido
há 9 anos

13 de abril de 2015

MATEUS LUIZ DE SOUZA – Folha de S. Paulo

Após quatro anos, Lorena Dias, 17, voltará a ter colegas de classe. De 2011 a 2014, ela estudou em casa, com os pais no lugar dos professores. Agora, acaba de se matricular na faculdade graças a uma vitória na Justiça.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, concedeu liminar favorável à jovem para que ela obtenha o certificado de conclusão de ensino médio.

O IFB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e o Inep (instituto ligado ao MEC), que emitem o documento, ainda podem recorrer.

Trata-se de decisão inédita no país, segundo Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar).

No final do ano passado, Lorena foi aprovada em jornalismo em Brasília, onde mora. Para ingressar no curso, prestou o ENEM.

Desde 2012 o Ministério da Educação permite que o desempenho na prova seja utilizado como certificado. Lorena tirou a pontuação necessária, mas foi impedida de obtê-lo por ser menor de idade, um dos requisitos. Foi então que ela entrou na Justiça.

A jovem frequenta as aulas desde de março. Ela relata não ter problemas de sociabilidade por causa da educação domiciliar -uma crítica comum de especialistas a essa forma de ensino. Fui eleita a representante da turma já na primeira semana, diz.

Lorena saiu da escola porque, segundo ela, sofria bullying e os pais estavam preocupados com as greves e a presença de drogas no colégio em que estava matriculada, em Contagem (MG).

Ao menos 2.000 famílias praticam ensino domiciliar, segundo a Aned. Ao contrário dos Estados Unidos, no Brasil a prática não é regulamentada. Assim, não há consenso sobre sua legalidade.

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101 Comentários

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Eu li essa matéria ontem, na Folha, e aproveito para fazer uma pequena correção na manchete.

Não foi a decisão judicial que "colocou" a jovem na Universidade; foi o esforço dela.

O Tribunal, aliás muito acertadamente, apenas ratificou ou confirmou a conquista da jovem. continuar lendo

Parabéns pelo comentário. continuar lendo

Também achei o título um pouco "sensacionalista". Quando li, logo achei que a estudante havia entrado na faculdade por decisão judicial, sem prestar prova alguma. continuar lendo

excelsa observação continuar lendo

Bem colocado Mário! continuar lendo

Em um país onde milhares entram em universidade pública, sem a menor condição pelos simples fato de ter um pouco mais de melanina na pelé, onde a meritocracia foi substituída politicagem irresponsável, seria um absurdo tolher o direito obtido com dedicação e estudo. continuar lendo

Perfeito, foi isso mesmo... continuar lendo

De todos os passos que foram dados rumo ao caminho da servidão, qual foi o pior? Em minha opinião, foi o de permitir que o estado educasse nossos filhos, seja diretamente por meio de escolas públicas, seja indiretamente por meio de escolas privadas reguladas integralmente pelo Ministério da Educação. A primeira coisa que precisa ser entendida a respeito das escolas públicas é que elas não são instituições educacionais. Elas são agências políticas — logo, são controladas pelo grupo que tenha mais influência política. E isto exclui você e eu. A verdade é que a educação estatal é um desastre. Vide o artigo "A educação estatal - e como ela seria em um livre mercado"
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1072)
O problema não é professores despreparados. O problema não é a falta de recursos ou a falta de participação dos pais. O problema é que as escolas são administradas pelo governo socialista.. continuar lendo

Nossa, pensei exatamente a mesma coisa. Aliás, já é sabido que existe uma prova para tirar o certificado. A decisão judicial foi inovadora por permitir que a garota, menor de idade, tirasse o certificado.

Aliás, acho esse requisito uma babaquice. Qualquer associação de IDADE e ESCOLARIDADE é uma tremenda babaquice e o Brasil parece estar caminhando em marcha ré nesse aspecto. Já se sabe que as pessoas aprendem e se desenvolvem em ritmos diferentes. Como o estado estaria ajudando tentando forçosamente uniformizar o desenvolvimento da população? É muito idiota e o MEC, que me desculpe, tem feito um trabalho incompetente nesse aspecto. continuar lendo

Parabéns Mario por esta observação. continuar lendo

Excelente decisão! Espero mantenham!! continuar lendo

Vou além.. Excelente decisão! Espero que o Governo (de um modo geral) não recorra! continuar lendo

Esse fato só retrata o que nós já tínhamos certeza a algum tempo atrás.
O sistema educacional brasileiro esta falido a muito tempo.
Se o aluno em casa se destaca entre aqueles que ficam nas escolas, só me leva a uma conclusão, nós estamos andando para trás a mais de uma década, isso na melhor das hipóteses.
O Brasil não investe e quando coloca dinheiro em alguma área da educação é para cobrir gastos e não, para gerar benefícios futuros.
Agora com a terceirização em pauta no congresso veremos mais e mais casos do exemplificado, pois eu mesmo não vou deixar meu filho na escola, sendo que eu mesmo posso lhe propiciar uma educação de alto nível e até melhor do que nas escolas. Devo aproveitar e dizer que a muito tempo o governo não garante estudo de qualidade, nem no ensino médio, nem nas faculdades públicas e muito menos a nível internacional. Esta lá na constituição federal de 1988, porém o texto só contempla o simbolismo da data e nada mais, são palavras que aos olhos do Governo não tem valor. O Próprio governo faz alterações na constituição a torta e a direita, mas não pensem os senhores que é para beneficiar a educação, saúde, lazer, bem estar social e não se iludam, estamos no Brasil, se estivéssemos na Europa a essas alturas, todos nós teríamos doutorado. continuar lendo

Coloca falido nisso, estudar em casa atualmente é um mérito e não desmérito.
Estudar em escola no Brasil é risco de vida, veja o que acontece diariamente.
E ainda o Estado falido, em todas as esferas, Municipal, Estadual e Federal acham que tem razão. continuar lendo

Realmente há problemas na sua resposta: em uma formação escolar básica o Há é diferente de A, o que você não fez no seu texto.
Há = verbo; exemplo: há algum tempo....
a = artigo: exemplo: a escola....; a instituição.....
Logo, antes de se meter a criticar quem está na sala de aula tentando ensinar, vá aprender. continuar lendo

Não sei onde está a irregularidade. A partir da 7º série eu só entrei em sala de aula para lecionar numa facudade de comunicação. Estudei sempre em casa e sozinho sem qualquer ajuda de professor. Mesmo assim, obtive uma das maiores médias do INEM até hoje (920). A escola pública hoje, não é muito diferente de presídio, convive-se com as piores estirpes sociais e corre-se risco de vida e humilhações até quando se comemora uma vitória acadêmica. continuar lendo

Você está certo Alisson, na Europa é perfeito, acho que você deveria se mudar para lá e ser um Doutor!!! Boa sorte!!!!! continuar lendo

O estudo em casa "A DISTÂNCIA" ´-e reconhecido e permitido em dezenas de pós graduações (MBA, p/ex); se pode para umas coisas, deve poder para outras também. Nossos legisladores nunca pensam em facilitar a vida da população, querem complicar ao máximo possível, principalmente se vão levar vantagem com isso.
Estudar em casa, é salutar, seguro, melhora o relacionamento familiar e outros tantos benefícios. Parabéns a Justiça por esta decisão.
Não me conformo, ainda, com a troca das tomadas de luz, para um padrão que só existe no Brasil, será que nos outros paises, todos são ignorantes quanto a segurança, ou no nosso é que vivem os "mais espertos", que fazem as leis e as fábricas dos produtos a serem consumidos. continuar lendo

Antonio, o governo atual não é bobo. Sabe muito bem que a mente, em tenra idade, é um campo fértil para ser doutrinada com marxismo. Já na fase de graduação, pós e mba nem tanto assim. Eu mesmo, sem perceber, fui doutrinado em pleno fim da ditadura militar. continuar lendo

Senhor Antônio, sem dúvida precisamos melhorar a educação. Sou professor do ensino básico de matemática e a cada dia vejo que não só o nível dos alunos mas sua perspectiva para o futuro deixam bastante a desejar. Mas o aprendizado em casa pode também limitar o convívio social. Penso que já temos muitos maus exemplos nesse país de pessoas que não tem o senso do ser social, do interesse coletivo, do respeito as leis, da moral, em fim já são bem individualizados e vivem para si mesmo. Além do mais, a maioria desse país tem um salário e condição social de escravo o que mina sua capacidade de ensinar física, química, biologia, matemática, português, inglês, espanhol, artes, educação física, sociologia, psicologia, ecologia e todas as disciplinas de cunho transversal que são de imensa importância para construir o ser social e que tenha mais capacidade para comandar um país como nosso ao invés de termos pessoas tão despreparadas e de nível tão baixo no poder e de modo geral em todas as classes sociais. Tudo isso interessa não só ao governo, como o senhor bem sabe, mas alguns privilegiados que vivem com o suor alheio sem se darem conta da tamanha imoralidade. continuar lendo